sábado, 26 de setembro de 2009

São Pedro da Aldeia rumo ao CONAE

As discussões para a Conferência Nacional de Educação jácomeçaram. Nos dias 22, 23ed 24 de setembro, em Araurama, ocorreu a Conferência Intermunicipal, que preparou propostas para a Conferência Nacional.

Criamos um blog para compartilhar nossas contribuições. Confira no CONAE - São Pedro da Aldeia (RJ).

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Cabral manda jogar bomba nas colegas da própria mãe

Polícia de Cabral ataca professores com bombas e tiros. Apenas um reflexo de como o governo do PMDB (Pode ManDar Bomba) se relaciona com trabalhadores. Não escapa nem a categoria da própria mãe do governador. Que vergonha: outro menino sem educação governando o Estado!

A polícia do Cabral, acostumada ao Caveirão e a atacar trabalhadores que fazem protestos, veio com toda a fúria contra os professores. Depois de uma passeata pacífica, da Candelária ao Palácio Tiradentes, a PM exigia a retirada do carro de som do SEPE - o que seria impossível, pois a assemblelia contava com mais de cinco mil pessoas (na maioria mulheres: professoras, aposentadas e alunas do Curso Normal). A foto é um "zoom" de como tudo começou. Depois de apontar as armas para professores, a PM atacou com bombas de efeito moral e de gás de pimenta.

Como o Sindicato não reagiu como eles esperavam (com violência) e após a decida de uma Comissão de Deputados, a Tropa de Choque do Cabral se retirou sob vaias.

DETALHE: Uma semana antes os organizadores dos bailes funks não foram incomodados pela polícia, apesar de estarem com carro de som muito mais potente. Por que será?

EM TEMPO: O Cabral bem que podia levar uma surra da mãe. Quem sabe esse menino ainda aprende alguma coisa, né? (O casal garotinho não aprendeu nada: od dois continuam às voltas com a justiça eleitoral - afinal, roubar é crime até mesmo nas eleições)

sábado, 5 de setembro de 2009

Pedagogia da burrice

Bem que eu tentei arranjar um título menos agressivo, mas não deu. Pensei em “Análise dos investimentos em educação e possíveis causas de índices tão baixos”, mas ficou tecnicista, pedante e mentiroso – eu não vou analisar nada, só traçar um comentário. Mudei para “Como fazer limonada sem limões”, mas ficou jocoso demais. E o assunto é sério. Daí sobrou a burrice com que os governantes tratam a educação pública.

A verdade é que os grandes pensadores que sempre governaram esta nação descobriram que a Educação vai mal. Foi apenas na década de 80 que a lei obrigou o Estado a destinar verbas específicas para o ensino. Logo após surgiram algumas mudanças que iriam melhorar a qualidade de nossas escolas: Aumentaram os dias letivos de 180 para 200, melhoraram a distribuição de merenda escolar, surgiu a gratuidade nos transportes coletivos para estudantes e a famigerada “promoção automática” (que a bem da verdade, não promove ninguém e nem é automática...) Depois, durante o governo Fernando Henrique (o “professor”), inciou-se um processo de distribuição de verbas para estados, municípios e escolas (FUNDEF e PDDE) e a criação de conselhos que fiscalizariam o uso dessas verbas. Investiu-se muito nos prédios, nos alunos, em tudo. No entanto o resultado continuou ruim. Por quê?

O que mais é necessário para a educação? Merenda? Já temos! Verbas? Já temos! Livros? Já temos! Alunos? Temos muitos! Computadores? Internet? No Rio temos até laptops e vamos ter aparelhos condicionadores de ar (que ficarão desligados por causa da Gripe A), cartão magnético, sistema informatizado disso, daquilo e daquilo outro. Temos a água, o gelo e o açúcar para nossa limonada. O que falta?

Ah, faltam os limões! Como andam os professores? Mal. Desanimados, ganhando pouco e cada vez mais desvalorizados. Fernando Henrique (o “professor”), do alto de sua sapiência, chegou a dizer que só era professor aquele que não sabia fazer nada mais! Refletindo essa pérola presidencial, nesses trinta anos, além da decadência financeira do Magistério, houve sua decadência acadêmica: as faculdades particulares subtraíram um ano dos cursos de Licenciatura e cortaram várias matérias.

Somente no Governo Lula a coisa deu um ar de melhora. Um ar muito rarefeito, diga-se de passagem. Mas temos aí a Universidade Aberta do Brasil, o ProUni e o Piso Nacional do Magistério. Esse Piso, apesar de pouco (R$ 900,00 por 40 horas de trabalho) e em suaves prestações (os Governos têm até 2010 para se adequar), foi o alvo do ataque dos governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul: alegaram não poder pagá-lo(!). Será que esses estados são pobrezinhos ou a posição dos governadores tem alguma coisa a ver com o fato de serem filiados ao PSDB?

A verdade é que não se faz limonada sem limões. E não se melhora a educação sem professores motivados e bem preparados. E tudo isso vai depender da cabeça dos governantes. Eu ainda prefiro um metalúrgico que chora ao ser diplomado Presidente (foi o primeiro diploma dele!) do que um PhD que desvaloriza sua própria categoria.

Por fim, para todos os que acham possível melhorar a Educação sem mudar a situação dos professores, aí vai um conselho bíblico: “Não sejais como o cavalo ou como a mula, que não tem entendimento” (Salmos 32:9a).

Publicado no Jornal O Completo

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Educação estadual entra em greve a partir de terça-feira

Após a intensa participação da categoria, lotando as escadarias e galerias, pressionando os deputados por emails e nos corredores da Assembléia Legislativa, a assembléia na quarta-feira, dia 2, decidiu entrar em greve a partir da próxima terça-feira, dia 8 de setembro, para garantir a manutenção dos 12% entre os níveis e a incorporação do Nova Escola ainda nesse governo. Nesse dia, o Projeto de Lei 2474 está previsto para ser votado. O PL modifica para pior nosso plano de carreira, reduzindo de 12% para 7,5% o interstício entre os níveis, além de incorporar o Nova Escola somente em seis anos! Significa dizer que a última parcela da incorporação será paga pelo governador que vencer as eleições de 2014!

Na terça-feira, às 12h, ocorrerá uma marcha da Candelária até a ALERJ em defesa do Plano de Carreira e pela incorporação imediata da gratificação do Nova Escola. Na ALERJ, os professores e funcionários farão uma vigília nas escadarias e galerias e, ao final da votação do projeto, realizarão uma assembléia geral – atenção: a assembléia ocorrerá mesmo que o projeto não seja votado.

Os profissionais de educação estão revoltados com o descaso do governador, que descumpriu todas suas promessas de campanha e agora ataca diretamente o plano de carreira. A categoria tem que aumentar ainda mais a mobilização, mostrando à comunidade escolar todos os graves problemas que ocorrerão para a educação pública, caso o PL 2474 seja aprovado da forma original. Por isso mesmo, os profissionais de educação realizarão aulas, quinta e sexta-feira, onde será mostrado o conteúdo do movimento em defesa do Plano de Carreira. Podem ser mostradas, por exemplo, as tabelas com a redução do orçamento da educação que o PL 2474 provocará, contidas nesse jornal.

Professores e funcionários têm feito vigílias quase diárias na ALERJ, com a presença maciça da categoria. O sindicato também vem negociando com os deputados a inclusão de emendas que defendam nossos direitos para que o PL não seja aprovado com o texto original, cujo teor é um verdadeiro ataque à educação pública. Assim, o sindicato solicitou aos deputados que votem nas emendas cujo teor garanta:

1) A manutenção dos 12% entre os níveis;

2) A diminuição do prazo para a incorporação do Nova Escola - durante este governo;

3) A inclusão dos professores de 40 horas, dos Animadores Culturais e Funcionários Administrativos no Plano de Carreira;

4) A inclusão de mestrado e doutorado como níveis do Plano de Carreira;

5) A data-base para o funcionalismo.