domingo, 27 de fevereiro de 2011

São Pedro da Aldeia: Prefeitura quer criar 332 cargos sem concurso público

Carlindo Filho e Aguinaldo Sodré: 332 cargos sem concurso

O prefeito Carlindo Filho (PMDB), com o apoio do presidente da Câmara, vereador Aguinaldo Sodré (PTC), recentemente envolvido em uma polêmica sobre a construção de banheiros para os vereadores, tenta aprovar um "trem da alegria": 332 cargos sem concurso público.

Os cargos seriam criados "em regime de urgência" para suprir necessidades na área de saúde. Com dois anos e meio de mandato, Carlindo não realizou concurso público e tenta aumentar o já dispendioso número de contratados

Vereador Adalberto Amaral: aguardando decisão do Diretório Municipal

Os vereadores Jorginho (PTC) e Nicácio (PT do B) propõem que os cargos sejam ocupados provisoriamente e que a Prefeitura se comprometa a realizar concursos. Já o vereador Adalberto Amaral (PT) depende da posição que o Partido vai tomar na reunião extraordinária de quarta-feira. Alguns setores do PT defendem a proposta dos vereadores Jorginho e Nicácio.

Serjão com Salaibe e outros socialistas do PT

Serjão, do grupo Socialistas, defende a realização imediata de concurso público. "O serviço público é algo muito sério para servir de moeda de troca política." - dispara Serjão. E lembra que "o Concurso é o único meio de se entrar para o Serviço Público sem depender de políticos inescrupulosos, que não têm vergonha de utilizar a necessidade que as pessoas têm de trabalhar para comprar seus votos".

"A saúde está muito mal e o mínimo que o Prefeito devia fazer era respeitar o cidadão e o funcionário público", arremata serjão, que foi Diretor da Saúde na época da implantação do Programa Saúde da Família, hoje descaracterizado pela atual administração.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

BBB?????



Leia essa interessante crônica de Luís Fernando Veríssimo

Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros...todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB . Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.


Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , ·visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Marco histórico: primeira mulher indígena formada em aspirante a Oficial do Exército



Rio - O Exército Brasileiro formou ontem a primeira aspirante a oficial indígena do estado do Rio de Janeiro, segundoinformações do Instituto Indígena para Propriedade Intelectual. Silvia Nobre Lopes, 35, nasceu no Amapá, mais precisamente na tribo Waiãpi. A cerimônia ocorreu no pátio do Centro de Preparação de Oficiais para Reserva (CPOR), em Bonsucesso.
Ao receber a espada, símbolo de honra do oficial militar, Silvia se emocionou, lembrando que o seu grande sonho sempre foi hastear a bandeira nacional. “No colégio onde estudei, no Amapá, apenas os brancos tinham tal direito. Negros e índios não eram autorizados”, lembrou. Silvia chegou ao Rio sozinha, quando ainda tinha 14 anos. Foi moradora de rua e contou com o auxílio de artistas para conseguir sua primeira graduação, em Artes. Na sequência, formou-se em Fisioterapia, profissão que a fez ingressar na carreira militar este ano, após competir com outros 5 mil candidatos. “Essa é a minha segunda tentativa”, revela. Casada com o também oficial,coronel José Roberto Alencar, Silvia será lotada no Hospital Central do Exército, em Triagem. A cerimônia foi acompanhada pelos três filhos dela.

Fonte: O Dia

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Quem diria? Universidade Santa Úrsula e UniverCidade descredenciadas pelo MEC!

Quinze instituições de ensino superior vão perder sua autonomia administrativa em função de consecutivos resultados insatisfatórios nas avaliações do Ministério da Educação (MEC). São quatro universidades e 11 centros universitários, que agora não podem mais expandir vagas ou abrir novos cursos sem autorização do MEC. Destes, quatro estão no estado do Rio de Janeiro.

De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, a medida cautelar passa a valer imediatamente. Essas instituições receberam por três anos seguidos um conceito inferior a 3 no Índice Geral de Cursos (IGC). O indicador avalia uma faculdade, um centro universitário ou uma universidade a partir da qualidade de seus cursos de graduação e pós-graduação, em uma escala de 1 a 5. Os resultados 1 e 2 são considerados insatisfatórios; 3, razoável; e 4 e 5, bons.

De acordo com o MEC, a medida terá validade até que a instituição apresente resultado satisfatório – superior ou igual a 3 – nas próximas edições do IGC. Pela legislação, universidades e centros universitários têm mais autonomia do que as faculdades. Essas 15 IES serão visitadas por comissões de supervisão do MEC e podem ser rebaixadas de nível ou mesmo descredenciadas dependendo das condições de ensino verificadas. Outra opção é a assinatura de termos de compromisso com medidas de saneamento a serem cumpridas para sanar as deficiências encontradas.

Do Rio, compõem a lista a Universidade Iguaçu, a Universidade Santa Úrsula, a UniverCidade e o Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos.

Fonte: O Dia