“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mateus 28:19,20)
Você pode até não aceitar… Mas fazer discípulos não é questão de escolha. A Igreja não é apenas um local para onde as pessoas vão para adorar a Deus, ouvir boas pregações e receber bênçãos e milagres. Isso tudo é apenas parte de sua função. O principal objetivo da Igreja nem mesmo é sair perguntado “você quer aceitar Jesus?” como um vendedor de móveis e depois contabilizar os que dizem “sim”…Receber Jesus
Ora, ninguém precisa “aceitar” Jesus… Ela já nos aceitou! O que precisamos, verdadeiramente é RECEBER Jesus, porque “a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (João 1:12). E receber é muito mais profundo que aceitar… Receber implica trazer para o seu interior os ensinamentos e os exemplos de Jesus.
Significa, entre outras “pequenas” coisas, dar a outra face, após ser humilhado (Mateus 5:39), ter compaixão (Mateus 18:27), lutar contra o (seu próprio) pecado (I Co. 15:53) e combater o egoísmo, a inveja, a ira e tudo o que não provêm do Espírito Santo (Gal. 5:20).
Além disso, significa CUMPRIR AS ORDENS de Jesus: pregar a Palavra, batizar os alcançados, fazer discípulos e ensinar tudo o que Jesus ordenou.
Um mestre e muitos discípuos
Em uma época consumista e egoísta, onde líderes de igreja, corrompidos por facções político-empresariais, atacam direitos sociais, defendem a pena de morte, o uso de armas e utilizam as redes sociais para se alegrar com a morte dos outros, espalhando um clima de medo e revolta, fica fácil iludir e enganar até mesmo os escolhidos. (Mateus 24:24)
A saída está no CONHECIMENTO (Oseas 4:6) e na GRAÇA (2 Co. 13:14) de Deus. Por isso, você tem o chamado de ser um discípulo que discipula, ou, como dizia John Wesley, “espalhar a santidade pela Terra”.
Ao nos tornarmos disicpuladores, devemos ter em mente de que não seremos “mestres” (como ocorre, por exemplo, nas Universidades). Somos discípulos de um único Mestre que, embora tenha sido condenado à morte e assassinado pelo Estado romano, está VIVO e FALA com seu povo.
Jesus deixou o discipulado como princípio porque o convívio com outras pessoas seguidoras do Evangelho nos fortalece na fé e nos permite perseverar “na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (Atos 2:42).
(Publicado inicialmente no Boletim da Igreja Metodista Central em São Pedro da Aldeia, em 20/08/2017)