domingo, 20 de novembro de 2011

A farsa dos royalties passará por teste definitivo

Vídeo da ANP mostra o vazamento no poço da Chevron


Fonte: Uol Notícias

O vazamento de petróleo em uma área de exploração da Chevron na Bacia de Campos completou dez dias com muitas informações desencontradas e nenhuma preocupação das autoridades em medir os impactos ambientais.

O ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc sobrevoou nesta sexta-feira o local exato do vazamento, a 120 quilômetros da costa, e diz ter visto 'borbulhas no mar', que indicariam que o problema ainda não foi solucionado. A petrolífera americana afirma que o volume despejado no oceano diminui bastante e, agora, trata-se apenas de 'gotejamentos ocasionais'.

Há divergência também sobre a extensão atual da mancha de óleo, que chegou a atingir 160 quilômetros quadrados. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) diz que a área afetada é de 12 quilômetros quadrados. A medição da Chevron indica 1,8 quilômetro quadrado. Minc avalia que a dimensão é 'muito maior' do que foi informado.

Pouco se falou dos danos causados ao meio ambiente. Um cruzamento do dados realizado pela ong Greenpeace mostra que o acidente pode afetar a vida de pelo menos seis espécies diferentes. As mais afetadas pela mancha são a jubarte, a cachalote e a piloto-de-nadadeiras-curtas. Baleias do tipo bryde, minke-anã e franca, porém, também correm o risco de nadar deencontro à mancha (ver mapa abaixo). “A Chevron terá de pagar pelos impactos causados no meio ambiente”, disse o ex-ministro.

Mancha de petróleo: presente da Chevron, do sr. George Bush

Causas - A petroleira evita falar das causas do acidente antes do final das investigações. Admite, no entanto, erro de cálculo na pressão. "Nós subestimamos a pressão no reservatório. Era mais alta do que esperávamos. O peso da lama foi programado para outra pressão", afirmou George Buck, presidente da Chevron Brasil, em uma entrevista que não pôde ser nem gravada e nem filmada. Ele também não soube explicar porque houve vazamento do óleo em um trecho específico da tubulação, conforme mostrou o vídeo divulgado pela ANP.

A Polícia federal apura a informação de que o poço foi perfurado em uma extensão 500 metros além do permitido. Sete funcionários da Chevron foram intimados a dar esclarecimentos na próxima semana, inclusive os engenheiros que trabalham na plataforma.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Marinha do Brasil (MB), se juntaram para acompanhar as investigações do caso. Os órgãos dividiram as funções. Assim, a ANP será responsável por apurar as causas do acidente e fiscalizar a contenção do vazamento; o Ibama deverá avaliar as ações da empresa para minimizar os danos ao meio ambiente, e a Marinha olhará as condições de segurança marítima da plataforma, além de disponibilizar navios e helicópteros para o acompanhamento das atividades.

O poço com problemas está no campo de Frade, na Bacia de Campos. Sua capacidade de produção é de 75 mil barris de petróleo por dia, que lhe garante o posto de oitavo maior campo do Brasil. O empreendimento é controlado em sua maior parte pela Chevron, que detém 52% das ações. Mas Petrobras e o consórcio japonês Frade Japão, ficam em segundo e terceiro, com 30% e 18% de participação.

Histórico - O caso não é o primeiro incidente do gênero no Brasil. A história da indústria petroleira no Brasil guarda em sua história tragédias como a explosão da plataforma P-36, da Petrobras, em março de 2001, que deixou 11 mortos, e um duto que se rompeu na Baía da Guanabara e despejou 1,3 milhão de litros de petróleo em janeiro de 2000.

Se comparado ao vazamento ocorrido em uma plataforma da BP no Golfo do México, no ano passado, o caso do Campo de Frade é de pequenas proporções. "Mesmo assim é preocupante. Acidentes na cadeia de petróleo sempre causam impacto”, diz o ambientalista Carlos Bocuhy. Um detalhe que une os dois casos, porém, é que tanto BP quanto Chevron contrataram a mesma empresa terceirizada para a perfuração de poços, a Transocean.

Fonte: Portal Veja

Perguntas inconvenientes...

O que a Revista Veja - nem qualquer outro representante da "grande imprensa" - faz é o verdadeiro papel do jornalista: fazer perguntas incovenientes, para que sejam revelados os "fatos por trás dos fatos"...

1 - POR QUE a Chevron (Texaco, do George Bush) tem um poço no Brasil, se a Petrobras é a maior empresa petrolífera do mundo em águas profundas?

Quem sabe essa resposta é o senhor Fernando Henrique Cardoso e todos os seus colegas do PSDB e do DEM. Foi no "governo" dele que o monopólio foi quebrado e foram feitos esses chamados "acordos de risco" - o que trouxe para o Brasil "pérolas" como a Chevron (Texaco) e a BV (aquela do Golfo do México). Enquanto isso, no governo Lula, a Petrobras tornou-se a maior exploradora de petróleo estrangeira nos EUA. Que coisa, não?

2 - Por que a Chevron não utilizou os mesmos mecanismos de segurança que a Petrobras?
Além da Chevron - que corre o risco de perder o poço - a ANP deve saber a resposta. Afinal, essas "agências" frutos do neoliberalismo da era FHC servem para "fiscalizar" as operadoras. Mas, pelo jeito, a ANP é tão "eficiente" (quando se trata de defender os interesses nacionais) como a Aneel e a Anatel... Os consumidores que o digam!

3 - Depois de mais de 20 anos mamando os royalties, o que as Prefeituras e o Governo do Estado têm para combater essa ameaça?
E agora? O vazamento ocorreu e, cedo ou tarde, essa mancha vai chegar em Cabo Frio. Certamente os senhores Alair Correa e Marquinho têm resposta! Com o dinheirão dos royalties, eles criaram uma estrutura para combater esse desastre ambiental... a não ser que tenham gastado tudo e,m shows superfaturados, cargos-fantasmas e Secretarias Municipais com altos salários...

Certamente estão na mesma situação TODOS os prefeitos e ex-prefeitos que defendem os royalties - e até mesmo o sr. Cabral (que luta contra a injustiça...)

Passeata contra a "injustiça": todos as lideranças do Estado estavam lá...

Os governantes estão chamando toda a população a lutar contra a injustiça. Talvez valha à pena lutar, mas eles devem vir à público e declarar NO QUE FORAM GASTOS os bilhões que 20 anos de royalties renderam aos cofres das prefeituras e do Estado.

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