Na última edição do Boletim da Igreja Metodista Central de São Pedro da Aldeia publiquei um texto sobre a "Mente de Cristo" que achei interessante reproduzir aqui. Esteja à vontade para ler e comentar...
Durante todos esses séculos, homens têm oprimido, torturado e até matado em nome de Cristo. E não se restringiu ao passado, pois nos tempos modernos, as igrejas apoiaram ditadores e aceitaram as perseguições contra os que pensassem diferentes. Foi assim na Alemanha de Hitler, foi assim na Itália de Mussoline e infelizmente tem sido assim nos Estados Unidos de Bush e Trump... como tem sido assim no Brasil, repleto de líderes "cristãos" adoradores do Dinheiro e defensores de políticos que se dizem "linha dura". Há pastores e padres que defendem até que as pessoas "de bem" andem armados...
Alguns teólogos insistem em afirmar que "pecar é errar o alvo"... E talvez aí esteja a resposta: o alvo do cristão não é ter poder para enfrentar demônios, ou realizar curas milagrosas (embora esses sinais sigam o povo de Deus); ser cristão é ter a "mente de Cristo"!
E quem tem a mente de Cristo demonstra, em primeiro lugar, compaixão... Suas opiniões são temperadas com a mansidão do Espírito Santo e com um desejo de perdoar. Cristo nos amou quando ainda éramos seus "inimigos" (embora ele classificasse apenas o Diabo como "nosso inimigo"...)
Nesse sentido, o cristão não tem como defender nenhum tipo de vingança ou violência. É tão contra a pena de morte quanto é contra o aborto: sua defesa será sempre da vida. Denuncia quando os direitos são desrespeitados (sejam os direitos de "homens de bens" ou de presidiários, obrigados em viver em condições subumanas e ilegais). Chora com os que choram e têm fome e sede de justiça, mas deixa toda a vingança para Deus.
O cristão do Século XXI se alegra quando o seu país abre as portas para os refugiados, não importando sua condição. Ainda se lembra que Deus não faz acepção de pessoas - não importando suas opiniões ou atos que tenham praticado. Ele não é um moralista, de dedo em riste, apontado os pecados dos outros (isso era coisa de fariseu), nem está preocupado em ser homofóbico, ou em atirar pedras em terreiros de Candoblé. O cristão sabe que Jesus odeia o pecado, mas ama o pecador. Por isso, o cristão perdoa, acolhe, defende, trata, ama.
Prof. Marcos Salaibe
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