domingo, 7 de janeiro de 2018

Balaão vive e está entre nós!

Alguns irmãos acreditam que Balaão era um bruxo ou falso profeta e que vivia a serviço dos moabitas. No entanto, uma leitura mais aprofundada de Números 22 e capítulos seguintes nos faz entender que ele profetizava em nome do Senhor (22:8) e que Deus (não Baal, mas Deus) falava com ele (22:10). Aliás, Balaão e Beor (seu pai) são citados no Talmud como profetas designados aos estrangeiros. O seu nome não vem de Baal, como alguns pensam, mas simplesmente significa "estrangeiro, sem povo" em hebraico.

Mas Balaão tinha o péssimo hábito de "misturar as coisas", pois utilizava de encantamentos (24:1) e, ainda mais importante, trabalhava por dinheiro. Pois foi por grande quantia de dinheiro que ele resolveu desobedecer a Deus e - mesmo tendo ouvido sua mula falar o contrário - vai ao encontro do rei Balaque para amaldiçoar o  povo de Israel... Como era profeta de Deus, foi impedido de fazê-lo.

A história poderia ter terminado assim e Balaão, embora confuso, seria reconhecido como alguém que obedece a Deus. Mas ao amor ao dinheiro falou mais alto e o profeta arranjou um "jeitinho" para ganhar seu dinheiro. Ele ensinou ao rei como enfraquecer o povo israelita, através da prostituição e da idolatria (31:16).

Por conta do dinheiro Balaão acabou se vendendo ao poder e morreu como inimigo, conforme relatado no livro de Josué (13:22). O espantoso é que o agir de Balaão não morreu com ele, mas seus discípulos estão presentes na Igreja (Apocalipse 2:14). Entre nós estão aqueles que lançam tropeços diante do povo de Deus, por amor ao dinheiro. Não foi à toa que Jesus alertou: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom (Dinheiro, em hebraico). (Mateus 6:24)

Afinal, quantos homens de Deus, "cheios de graça e poder" nós vimos que simplesmente dão as costas à pregação da Cruz para arranjar um "outro evangelho" (Gálatas 1:6) baseado na acumulação de riqueza, no ódio á diferença e no apoio a políticos claramente envolvidos com corrupção?
Que o final de Balaão sirva de alerta a nós para não sejamos corrompidos pela ganância e, chegado o dia, possamos falar, como Paulo: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. 2 (Timóteo 4:7)

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