sábado, 7 de novembro de 2009

O Mundo Muçulmano e o Rio do Leão

A mesquita de al-Nabawi ("Mesquita do Profeta"), em Medina, na Arábia Saudita.


Uma amiga me enviou um famoso vídeo que corre pela Internet, principalmente entre os cristãos: o Mundo Muçulmano. Trata-se de um documentário alertando o crescimento de famílias muçulmanas na Europa e na América do Norte. O vídeo traz a relação entre taxa de natalidade e manutenção da cultura. A conclusão é muito simples: nascem muito mais muçulmanos do que cristãos, logo em pouco tempo a Europa estará cheia de nações islâmicas e, nos Estados Unidos e Canadá, o islamismo será a religião dominante.

Um vídeo como esse pode ter dois objetivos distintos: ou se trata de mais uma produção xenofóbica dos nossos vizinhos do Norte – ou é a visão de algum cristão bem-intencionado, preocupado com o possível fim da propalada “civilização cristã ocidental”.

No entanto, o vídeo tropessa em, pelo menos, dois fatos: um político e outro espiritual. Politicamente, o autor “se esquece” de que o mundo não é a Europa e a América do Norte. Como vai a taxa de natalidade nos outros continentes? O que essa taxa tem a ver com os muçulmanos? Parece mais uma reprise daqueva velha ideia norte-americana de que nós (os do Sul) não somos mundo. Quando muito, podemos requerer o título de “terceiro mundo”...

Espiritualmente a coisa é mais complicada ainda. Em nenhum lugar da Bíblia há a possibilidade de se nascer cristão. As pessoas apenas nascem. O sobrenatural, mesmo, é quando “renascem” (joão 3:3). Os cristãos são todos renascidos. Não da vontade de homem algum, mas do Espírito. É por isso que entre as igrejas brasileiras se costuma dizer que “filho de crente não é crentinho”. Nos países citados, a população de renascidos está diminuindo rapidamente. A falta de filhos se faz presente também nos niilistas – aquela parcela gigantesca da população que já não crê mais em nada. Não é à toa que chamam a Europa e os Estados Unidos de “pós-cristãos”, com seus halloweens, suas paradas gays, seu incentivo ao consumo, às drogas, ao adultério... Nessas situações as igrejas se esfriam, o Espírito se extingue e não há mais renascimentos. E se não há renascimentos, é porque nunca houve nenhuma civilização cristã ocidental. Somos, politicamente, apenas a continuação recauchutada do velho Império Romano.

No entanto, o que salva o vídeo é o apelo evangelístico. Pouco nos importa se nascem mais filhos de cristãos, muçulmanos, budistas, umbandistas, ateus ou até mesmo de torcedores do América. É bom que os filhos venham. Deus se agrada do nascimento de crianças, porque todos eles, sem exceção, um dia, poderão receber Jesus e se tornarem Filhos de Deus (João 1:12). E quando uma pessoa chega a esse ponto, ela já não é mais desse mundo e sua nacionalidade passa a ser um detalhe...

Ezequiel viu um córrego que nascia do altar do Senhor (Ezequiel 47:1-12). O pequeno córrego fluía e engrossava até se tornar uma coisa giantesca – assim como o Amazonas – e, por onde passava, trazia vida e cura. O rio existe e tem dono. O Cordeiro foi morto no altar de Deus e abriu fontes de águas vivas que fluem de todos aqueles que vivem n'Ele e para Ele. Esse rio começou bem pequeno, lá em Jerusalém e cresceu até a Europa; atravessou Oceanos e chegou a todos os continentes: chegou à América e, hoje em dia, cresce em progressão geométrica na África, Ásia e Oceania. Creio que, finalmente, atingirá a triste e envelhecida Eropa, levando vida e salvação. É claro que tudo isso ocorrerá se eu e você deixar o rio fluir e apresentar Jesus a outras pessoas.

Mundo muçulmano? Pode até ser. Mas a vida estará sempre no rio do Leão da Tribo de Judá.

2 comentários:

  1. Parabéns pela argumentação.
    Acho até que podemos dizer que no "velho mundo", já não nascem tantas crianças, sejam as famílias de qual religião forem.
    É bem verdade que por lá o número de muçulmanos está crescendo, mas será que a fé deles, por terem se "convertido" ao Islamismo também cresceu na mesma proporção?
    Sei não.
    O importante é que por aqui, como diz o Padre Nelson, quem é do Flamengo é mengão, do Fluminense é fluzão, do Botafogo, fogão e do Vasco vascão, donde se conclui que quem é de Cristo é CRISTÃO. E quem é cristão tem que convencer aos outros, inspirados pelo Espírito Santo, sobre as verdades que estão no Evangelho, ou seja, "ai de nós se não evangelizarmos".
    Um abração.

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  2. Interessante o comentário.
    O mundo de hoje é divido em dois grupos: cristãos e não cristãos.
    Em qualquer lugar que você for,encontrará uma pessoa que supóstamente dirar-se "evangélica".
    A questão é que o cristão tem que dar testemunho da verdade.
    Maaas não saindo do assunto,o que me detem é o simples fato do novo ministro que irá assumir seu cargo como o presidente da União Européia permanente.
    1 de dezembro 2009, esse homem chamado Herman Van Rompuy,ele era o 1° ministro da belgica,e agora em dezembro irá assumir seu cargo.
    Não estou falando nada. Mas peço que acompanhe esse homem. Pois,se fosse falar sobre ele ficaria até amanhã.

    Saudações.

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