Dona de um mercado que vai movimentar R$ 554 bilhões até o final do ano, a população negra tem o que comemorar. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda do negro brasileiro cresceu num ritmo duas vezes maior do que a dos brancos nos últimos três anos. De 2007 para cá, foram 38% de aumento contra 19% do outro grupo.
Mesmo assim, no Dia da Consciência Negra, a opinião de especialistas é a de que há pouco para se comemorar. Disfarçado, mas sempre presente, o preconceito racial ainda está entranhado na sociedade e nas relações de trabalho.
Hoje, os negros correspondem a pouco mais de 50% da população. No entanto, pesquisas do Instituto Ethos mostram que a inserção dos negros em cargos executivos não chega a 6%, enquanto a participação dos brancos é de 93,3%.
– A participação do negro tem crescido, mas se compararmos os dados com o total da população negra, ainda é muito pouco – alerta Jorge Abrahão, presidente do Ethos. – Se continuarmos nesse ritmo, as contas mostram que os negros terão igualdade racial apenas daqui a 150 anos.
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